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03 de julho, 2023
A sinalização de segurança nos laboratórios químicos

O cotidiano em laboratórios ou indústrias químicas envolve, muitas vezes, a existência de vários equipamentos, produtos e reagentes perigosos que devem ser manuseados com cuidado a fim de evitar acidentes no ambiente de trabalho. Locais que trabalham com serviços de galvanoplastia e refino de metais, por exemplo, necessitam dos mesmos cuidados, já que se torna corriqueiro o uso de soluções muito ácidas, sais e gases perigosos. Assim, a presença de materiais que garantam a segurança dos trabalhadores – como os equipamentos de proteção coletivos (EPCs) e os de proteção individuais (EPIs) -, bem como o conhecimento adequado de suas funções e significados, torna-se essencial para garantir o bem estar e o consequente bom funcionamento dos processos.

Uma das formas de garantir a seguridade do ambiente é a aplicação da Norma Regulamentadora 26 (NR-26), que trata da padronização dos locais, áreas e compostos a partir de cores, delimitando assim o nível de periculosidade de cada local. Além disso, a NR-26 também estabelece, em conjunto com os padrões determinados pelo GHS (Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos, da sigla em inglês), a forma como os produtos químicos manipulados nessas instalações devem ser usados e armazenados com segurança. Nos próximos tópicos, detalharemos o que são, quais são e como interpretar cada um dos principais sinais de segurança que devem estar presentes em laboratório.

 

Cores de sinalização

As cores de sinalização correspondem, cada qual, uma ação ou frase de advertência relacionada ao material que a contém, e tal escolha de cores no ambiente deve ser feita de forma que não ocorra poluição visual pelo excesso de cores. De maneira geral, as 8 cores e seus significados estão expostos na Figura 1 abaixo.

 

Figura 1. Significados e exemplos das aplicações das cores.

 

Classificação e rotulagem de reagentes

Talvez uma das partes mais importantes, a classificação e a rotulagem de reagentes é essencial para que saibamos a natureza do composto manuseado, bem como outras informações relevantes para o caso de acidentes. Logo, os compostos químicos são classificados pela NR-26 e pelo GHS com certos parâmetros gerais que permitem a fácil identificação das principais características da substâncias, sendo elas: identificação e composição, pictogramas de perigo, palavras de advertência, frases de perigo, frases de precaução e, por fim, informações suplementares. A seguir, detalharemos cada um desses pontos e mostraremos, na prática, onde encontrá-los no rótulo.

  • Identificação e composição: corresponde ao nome técnico (padronizado pela IUPAC) e ao nome usual do produto.
  • Pictogramas de perigo: padronizado como um símbolo retangular de bordas vermelhas, o pictograma é um elemento gráfico que indica a característica do composto. Dessa forma, podem corresponder à corrosão, atenção, inflamabilidade, entre outros.

 

Figura 2. Principais pictogramas e seus significados.

 

  • Palavras de advertência: palavras curtas que exprimem o risco de cada reagente. Normalmente ficam em destaque, e podem ser “Perigo!” ou “Atenção!”.
  • Frases de perigo: descrevem a fonte de risco de perigo do reagente. As frases são precedidas pela letra H seguida de três números. Alguns exemplos são: “H200 – Explosivo instável”, “H201 – Perigo de explosão em massa”, “H227 – Líquido combustível”, H272 – “Pode agravar um incêndio, comburente”, “H300 – Fatal se ingerido”, etc. (Para ver a lista completa, clique aqui).
  • Frases de precaução: também são identificados a partir de um código iniciado com a letra P seguida de três números. Nesse caso, as frases de precaução servem para atenuar e/ou prevenir efeitos que possam ser causados pela exposição indevida ao reagente químico. São exemplos: “P101 – Se for necessário consultar um médico, tenha em mãos a embalagem ou o rótulo do produto”, “P220 – Mantenha/guarde afastado de roupas/…/materiais combustíveis”.
  • Informações complementares: são encontradas em um documento à parte denominado FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos), o qual mostra de forma mais detalhada as características físicas/químicas da substância, os efeitos da exposição, entre outros.
    Todos esses tópicos estão presentes nos rótulos dos reagentes, e por isso é tão importante ter conhecimento de seus significados. Como exemplo do que pode ser encontrado no dia a dia do laboratório, observemos um rótulo do álcool etílico (etanol), destacando todos os pontos mencionados acima:

 

Figura 3. Exemplo de rótulo com as informações exigidas pela legislação.

 

Equipamentos de proteção coletiva e individual (EPCs e EPIs)

Os equipamentos de proteção são imprescindíveis nos laboratórios químicos e devem estar presentes no cotidiano de quem frequenta tais locais. Os EPCs abrangem placas sinalizadoras de vários tipos, sistema de exaustão, pisos antiderrapantes, chuveiros de segurança e lava-olhos, enquanto os EPIs correspondem ao jaleco, luvas, óculos de proteção, capacetes, botas, entre outros.

 

Figura 4. Exemplos de EPIs e EPCs.

 

Para entender melhor quais são os equipamentos de proteção individuais e coletivos indicados para quem trabalha com galvanoplastia e/ou refino de metais, visite o artigo publicado em fevereiro de 2022 aqui no blog!

 

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Por Sabrina Santana Klabacher

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